Na
pintura de Vidal o que me encanta é a sua fidelidade ao seu universo
vivido: o flagrante realista dos seus companheiros e companheiras,
nos bons (e raros e sofridos) instantes de folga. O trabalho, a
carência e a solidariedade ali estão, na esperança de serem
esperança, alegria e abundância: dia virá.
Folga e labuta, eis temas que voltam, em ambientes internos e externos, de quase geométrica perspectiva aérea, de tão despojada descrição, em que não há irrelevâncias nem inoportunidades: cada pormenor é um “pormaior” para a configuração de um mundo imediato, tão presente no cotidiano, que foge, e na memória, que esquece.
Há o colorista, ademais do figurativista. E há um sonho concreto, feito de ímpetos de aqui e agora, igualitária e confraternalmente. E, realmente, porque prorrogar indefinidamente a humanidade da humanidade – perguntam as telas de Vidal (embora ele mesmo evite perguntar, como o coração do Poeta, que não pergunta nada).
Acompanho Vidal há muitos anos e o vejo crescer na sua visão autêntica, que fixa e propõe criaturas humanas e relações humanas mais humanas. Eis um poeta do ver.
In Vidal's
painting, what I love is his fidelity to his lived universe:
the blatant
realism of his companions and companions,
in the good (and rare and
suffered) instants of slack.
Work, lack and solidarity are there,
in the hope of hope, joy and abundance: day will come.
Dans la peinture Vidal qui ravit moi est sa loyauté envers
son univers vivant: la frappe réaliste de ses camarades,
le bon (et rare et souffert) pendant un arrêt. Le travail,
le manque et la solidarité sont là, dans l'espoir de l'espoir,
la joie et l'abondance: le jour viendra.
Folga e labuta, eis temas que voltam, em ambientes internos e externos, de quase geométrica perspectiva aérea, de tão despojada descrição, em que não há irrelevâncias nem inoportunidades: cada pormenor é um “pormaior” para a configuração de um mundo imediato, tão presente no cotidiano, que foge, e na memória, que esquece.
Há o colorista, ademais do figurativista. E há um sonho concreto, feito de ímpetos de aqui e agora, igualitária e confraternalmente. E, realmente, porque prorrogar indefinidamente a humanidade da humanidade – perguntam as telas de Vidal (embora ele mesmo evite perguntar, como o coração do Poeta, que não pergunta nada).
There is the colorist, in addition to the figurativist.
And there is a concrete dream, made up of impetus from here
and now, equally and confraternally. And,
indeed, why indefinitely
extend the humanity of mankind - ask Vidal's
canvases
(although he himself refuses to ask, like the heart of the
Poet,
who asks nothing).
Il est le coloriste, en plus de la figuration.
Et il y a un vrai rêve, faite de crises ici et maintenant,
égalitaires et confraternalmente. Et, vraiment, parce
que prolonger indéfiniment l'humanité de l'humanité -
demander aux écrans Vidal (bien qu'il évite de
demander, comme le cœur du poète, qui ne demande rien).
Acompanho Vidal há muitos anos e o vejo crescer na sua visão autêntica, que fixa e propõe criaturas humanas e relações humanas mais humanas. Eis um poeta do ver.
I have followed
Vidal for many years and I see him grow
in his authentic vision, which
fixes and proposes human creatures
and human relationships. Here is a poet of seeing.
Accompagnez Vidal depuis de nombreuses années
et vu grandir dans leur foi fixation de vision et propose
des êtres humains des relations plus humaines et humaines.
Voici la vue d'un poète.
Antonio
Houaiss
Filologo - Membro da Academia de Letra - Ministro da Cultura
Filologo - Member of the Academy of Letters - Minister of Culture
Philologue - Membre de l'Académie Lettre - Ministre de la Culture
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Philologue - Membre de l'Académie Lettre - Ministre de la Culture